quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Filosofia Kraner


Estava eu a decifrar quantos anos tenho para viver: sem conclusão dessa regra de três, acabei pausando para ler algo do simbolismo.

Me escondi na árvore do meio que fica num bosque qualquer e que fala com a minha criança.

Atravessei com meu abraço esta matéria de cascas, da minha energética sintomática.

O sentido de viver e de se morrer um pouco todos os dias, dá ânimo para decifrar o absurdo ou infinito.

In ou Out, tanto faz, o mundo está morto.


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

soco no estômago


Olhos caninos, de lobo ou cão fugido, talvez.

Parte do meu destino?

Ou mais um personagem dos meus romances sem amor?
Mais uma língua decifrando meu medo?
Mais um corpo que abriga o meu sob luzes acesas.

domingo, 5 de setembro de 2010

frágil

Encosta de novo sua cabeça no meu ombro, prometo falar baixinho, deixar você mole, sussurrando canções, volta e sorri, que é a melhor vista que eu tive daqui. Meu melhor verso e a mais curta e dolorosa saudade desse lado da cidade.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

e que seja cinza.




Ela não era boneca, brinquedo, nada lúdico manipulável.
Ela não chorava entre os dentes, ou grunhia com os olhos.
Ela não brincava com o fogo, ela não sabia brincar. Fogo era seu semblante entre os galhos frios do seu tempo.