domingo, 2 de maio de 2010

o chafariz de Trindad

o encontro acho que foi bom. deixei ela deitada no sofá. na hora de sair foi um pouco perturbador por que eu sabia que não a queria mais, nem ouvi-la, nem cheirá-la.
coisa estranha isso, sentir atração e repulsa.
o que me servia era o bar debaixo, numa praça bem escura, eu via as pessoas e elas não.
já tive problemas com essa invisibilidade, até gozaram da situação acreditando que eu fiz algum tipo de pacto.
...o cara ficou me seguindo, nesse lance eu tive medo, naquele bar, a situação toda era estranha.
um pesadelo depois do sono profundo, eu até queria retornar, mas, já era tarde. ela estava descansando.
pensando no que foi feito?

* * *

acho que ele deve estar arrependido.
me deixou aqui no sofá.
já são cinco da manhã! ainda bem que não preciso acordar cedo.
putz!, ele acabou esquecendo o r.g.
ele é bonitinho. não vou devolver.
acho que ele vai ligar.
será? ah, não importa também! foi melhor assim, senão acaba tendo cobrança.
o bar ainda tá funcionando? barulho do caramba!
desse jeito fica difícil dormir.

* * *

esse maluco deve tá me seguindo! vou ficar mais um pouco aqui.
- uma água com gás e me vê também um maço de cigarros.
ela é muito enrolada, louca. (acende o cigarro)

* * *

(toma um banho)
estou me sentindo numa vitrine. completamente exposta.


* * *

(polícia chega ao bar)



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