Diversas vezes praticou o vouyerismo. Ficava á espreita aguardando o espectro de Vena surgir na janela da sala, ampla com porta pivotante que garantia 360º graus de excitação.
Logo mais se culpava, ia ler seus manuais de abuso de propriedade. Nesta Lei, reconfortava-se com ninharias, afinal, ele é quem define as regras e pune os que não agem de acordo com a legislação.
Não sabia o nome de Vena, não sabia nada sobre a garota.
Vena é realmente bem esquisita. Pratica hábitos muito diferentes da vizinhança. Não deixa de ser atraente, mas, tem algo de vamp nela que não estamos acostumados.
Leo sentia um prazer estranho. Não lhe interessava tocar naqueles seios, deslizar as mãos por aquelas costas, morder a nuca.
Uma manhã característica. Num clima frio, passando para a primavera. Depois do café, Leo sai da casa para varrer as folhas que caem sempre das copas e recolhe o jornal.
Depara-se com uma imagem única: Vena leva o lixo e distraidamente uma alça de seu robe cai, mostrando um seio com uma pinta rumando ao colo.
Ele permanece paralisado quando Vena percebe a observação, fitando-o despreocupada e tão lentamente recobre seu ombro.
A garota acomoda o lixo e entra sem emitir qualquer som. Leo reflete por um instante acreditando que não deveria ter feito aquilo.