terça-feira, 4 de janeiro de 2011

feliz ano velho II


Pra quem tem medo da vida, um pouco de morte.

Pra quem tem sorte com a morte, um azar nas curvas da vida.

Pra quem quer um salto e só encontra o cheiro do asfalto dia após dia.

Pra quem quer um grito, silêncio.

Pra que silencia demais, exposição.


Amores inconfessos, desperdiçados em melodias.

A sociedade saciada de números.

A esfinge, uma piada de mal gosto.


Somos todos feras malditas providas de ventres esquecidos.

Que eu quero esquecer.

E você, também.


Feliz? Ah, feliz ano velho sementes do nada.

4 comentários:

  1. feliz ano venho sementes do nada?
    Meus deus que lindo isso! Que eu não me perca deste lugar.
    Abraços,
    Jozi
    www.olugardascoresescritas.com

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  2. é gata, a vida nos deu xeque.
    fui expulsa do tabuleiro

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  3. alice, meu amor, pra que tabuleiro, vai ver nem era o xadrez o jogo da vida e sim o dominó. rs

    SAUDADE

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