quarta-feira, 24 de novembro de 2010


Acho que sou um menino.

domingo, 21 de novembro de 2010

Filisteu como oráculo - A casa de chá Bangladesh

Olha só como eu consigo despertar sem me machucar!
Dentre todos os exercícios malucos de sobrevivência, mexer com a os anti depressivos foi o meu maior desafio.
Era como se eu estivesse sedada e quisesse atravessar pelo espelho ou sair voando pela janela.
Eu posso perguntar para o senhor Filisteu se serei completa até os meus próximos cinquenta anos?
Eu não sei como sair dessa confusão. Não domino mais minhas mãos. Elas vão batendo as teclas, cada letra e palavra surgidas, cada frase e parágrafo que falam da abstração.
O poder de degustar a dor.
Esse é o parto da criação. Tantos anos enfiada dentro de mim e em uma única madrugada consigo cuspi-la, sem remorso.
E aí amigos, nos deparamos com a palavra revólver. O que esse texto quer dizer com armas?
Eu não sei! Só obedeço a psicografia que nem tenho idéia de onde vem. De cima? De baixo? Tanto faz, a criação surge.
O revólver, voltando a ele, calibre 38, o mais fácil de manuseio, o menos estético da espionagem, o mais pobre e o mais barulhento, repousa nas mãos de um personagem qual não tenho o nome.
Ele será muito útil quando precisar eliminar um problema, mesmo se ele for do meu tamanho e muito parecido comigo.


sábado, 20 de novembro de 2010

filisteu adormecido - a casa de chá bangladesh

Ela assoprou e a luminária apagou-se.
A escrivaninha parecia gigantesca, era como se as teclas da máquina de escrever alçavam o teto do quarto. O papel se dissolvia, as palavras desenhadas estavam mergulhadas nas gavetas.
Todo o texto desmanchava-se e em partículas de água que tocavam o chão.
Por alguns segundos Ligia presenciou o diabo de suas idéias tomando forma e tudo ali naquele espaço que só cabia a escrivaninha com suas teclas.
A imaginação é uma virtude, uma graça do anima, entretanto, um talento de ira e perversidade.
É também a forma do medo que flutua do abissal. Do sonho e do toque. O vazio e o silêncio.
As flores do mal.
- Não deve ser fácil escrever um livro! (lembrança do homem alto, magro e comum)





quarta-feira, 17 de novembro de 2010

o encontro do filisteu - a casa de chá bangladesh

Não é tão fácil escrever um livro. Nem sei se escrever faz tão bem a alma como as pessoas dizem.
A boa alma de Ligia não consegue desvencilhar as tempestades da filosofia.
Seu tormento começa num café, na esquina da Boa Vista com a Quitanda, revirando as páginas de um surrado livro de bolso, Beckett e nada mais para falar de desavenças e coisas ligeiramente negativas.
A página ia esboçando rascunhos tímidos e se perdendo no clarão da luminária amarelada baixa que sussurrava emcima da mesa.
Sobre o quê escrever?
Tantas opções e falta delas. Se quiser pode falar de morte, amor, dinheiro e filosofia. Há pessoas que somente se importam na área do Direito e deve-se falar estritamente na área do Direito.
Quando é assim, não precisa nem falar, a vida faz toda a diferença e sempre as coisas surgem de última hora.
Um rapaz magro, comum, alto, surgiu do nada e resolveu sentar-se à mesa. Ficou olhando várias vezes para Ligia e tentou inciar alí uma conversa.
- Não deve ser fácil escrever um livro!
- Desculpe, você falou comigo?
- Eu é quem peço desculpas, acabei me intrometendo!
- Não sei como começar!
- Você sempre está escrevendo.
- E nunca sei o que escrevo!
- Poderia falar das relações sociais, das suas diferentes formas.
...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

casamento.


De novo o medo, o rastro das crianças mortas sobre os cobertores antes de adormecer.

Mas o medo é comida de formiga quando se decide ficar.

Decido ficar com você. Aprender a fazer café e a ser alegre.


Cobrir a casa com meu melhor humor.

Parar de fumar eu não vou, mas posso reduzir um pouco e viver um pouco mais.


Posso pintar as paredes e fazer o jantar.


Posso ser água, mato e quem sabe até flores, galhos, raízes.


Posso aprender a conviver com seu amor por mim e com a obrigação de ser feliz um dia.


Posso te amar e já amo...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

próximo

Liberdade, Fraternidade e Igualdade?

Quando falamos em política, recrudesce nossas condições.
Isso não é mais novidade, não nos tornaremos mártir pelo o que é escrito. Nossas ações são mais esclarecedoras pelo fato de conhecermos bem a briga a qual estamos nos enfiando. Faça. Caminhe. Procure a verdade dessas pessoas que estendem seus tambores e tochas promovendo um ar de emancipação.
Nós somos o governo e não recebemos ordens senão as queremos.


Liberté, Égalité, Fraternité?

Lorsque nous parlons de politique, est l'intensification de nos conditions.
Ce n'est pas nouveau, nous ne pourrons pas devenir un martyr pour ce qui est écrit. Nos actions sont le plus éclairant et en connaissant la lutte à laquelle nous régressons. Faites-le. Marche. Chercher la vérité de ces gens qui prolongent leur tambours et des torches la promotion d'un air de l'émancipation.
Nous sommes le gouvernement et ne pas prendre les commandes, mais nous les voulons.