sexta-feira, 19 de março de 2010

vanity fair



Em tempo de guerra,domesticam-se os cavalos para que na pradaria reinem.

Essa virtude costumaz da fragilidade é o espelho da vaidade.

O homem gosta de ostentar o que possui e o que vem a ser. Não consegue defrontar-se com o seu paradigma.

Somos todos mal acostumados, invejosos e com certa presunção que enlouquece.

A pele é a roupa mais envergonhada, onde ficam os restos, os apetrechos. As entranhas estão escondidas, para que ninguém as veja como são dóceis e comportadas.

Todos gostam do adocicado, mas, almejam o ácido e o convulsivo para mostrarem pompa e circunstância.

Pecado capital por excelência, escravizando seres em condições que beiram o patético.

No tablado ou no júri, na voz ou no olhar, vaidade para que um dia se lembrem dos pequenos mortais tão cheio de sonhos e vulnerabilidade.


Um comentário:

  1. nem todos gostam do adocicado Alice. e pra onde vão os gostos sentidos? pro inferno?

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