terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Não me peça nada.



Partindo do princípio de que antes de qualquer coisa nós gostamos dos homens...
(Sim, sim, dos homens, e o “nós” diz respeito a mim e as moçoilas do pequeno coloquial de um dia que não choveu nos confins de São Bernardo do Campo - que os céus desejam tornar ilha! Mas que diabos! A cidade está quase submersa nesses ataques de tédio de são pedro: prozac nele! ).
Helena gostava de amenizar o tempo e ah, acredito que das três fosse a única mesmo que fosse concubina da morte em qualquer situação, lembrei do episódio da Anita Molko (a ligação entre esses fatos eu não quero comentar), mas, me permitam o parênteses dum acontecido de dois de março de dois mil e cinco, com a tal da Anita:
(Estava jogando cartas com a morte e de repente percebeu que tinha todas as cartas necessárias para ganhar o jogo, sorriu irônica, e lembrou-se das vezes que hesitou em chamá-la para jogar em casa, agora que ela estava ali, parecia tensa, porém sem medo, ao contrário dela, que desfez seu jogo quase certo e deixou a morte bater).

Não sei se gostamos dos homens, ou se os homens nos exorcizam quando a gente acorda cheia de demônios dentro da gente. Alguns nos fazem querer vomitar, outros nos guiam ao playground do sub-inferno do nosso tédio e nos levam a nos entorpecer...

DEMÔNIOS mesmo, saca?
Vai além das cores.

Gemidos, lambidelas, quadro meu, que só eu vejo.
Delirante moleza das pernas... Gozar até não saber mais o quanto se gozou. (Segunda-feira de exorcismo e de tiro trocado: não-dói-na-hora!).

É, Helena foi das três a que disse que queria morrer.
E era a mais (como que se diz?), era a mais austera, em pontos particulares, não precisam ser citados.

O que levou foi o vento. O que teve gosto ruim foi cuspido durante os anos.
O dia sem chuva fez Helena chegar à casa alegre, é bom mesmo não repudiar tanto o que se vive. Pena, que entre as outras meninas ela pareça transcendental demais. Meio forçada quando lançava pensamentos bons. Parece mesmo que ela é amiga da morte.
E desde quando quem acorda com demônios e se deixa exorcizar pode pensar que algo de bom vingará? Não parece muito convincente. Mas o cigarro disfarça a indiferença e joga os dados para a escolha do próximo assunto.

Três garotas, uma tarde de sol, conversas, cigarros, amistosas, calmas entre seus adjetivos e palavrões. Três dinastias em cada short jeans.

Mas só Helena queria mesmo morrer. Tão lúdico esse universo infernal feminino (estou com uma dor nas pernas, gostosinha, que não me deixa esquecer de tanta coisa sacana e perfeita que ele me disse quando vendou meus olhos na segunda-feira molhada).

Até a liberdade de pensamento se limita em si mesma.
Repito “foda-se” inúmeras vezes e depois dou risada.

Não vejo na minha frente nenhuma comédia ou tragédia que me dê vontade de viver.
Minhas amigas são um pouco de mim (caixas que podem estar vazias ou transbordando, depende do que se quer ver), cada uma ao seu modo.
E ah, eu sou um pouco como arroz integral (nunca pega sal).

3 comentários:

  1. Uau!! Foda, foda, foda...um misto de porno com drama e comédia inteligente, claro!! rs Amei!! Exorcisou mesmo os demônios...rs Mas sab q a verdade é clara, só escrevemos qdo sofremos, ñ questionando sua habilidade literária, mas as palavras vem com mais força, tudo aflora...mto bom mesmo!! serei uma seguidora fiel agora...rs
    Bjos rara, amo mto!! Pri

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  2. de olhos vendados, e sexo molhado.
    gozar mais de 80 vezes, amolecem todas as pernas, mesmo as tuas, cara centopeia.
    quero ouvir meu nome ao seu gemido, gata, borboleta ou centopeia... durante a noite, durante dia... quero lhe desejar versos olimpicos... e que negue meu nome até a minha crucificação, ou seu proximo orgasmo.

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  3. Sensacional... de uma qualidade tão alta que não sei a palavra correta para expressar a graça que senti ao ler!!! Muito bom

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