domingo, 31 de janeiro de 2010
Meninas que brincam de meretrizes acabam mulheres tristes...
Andressa queria ser puta e livre, mas era só bipolar.
Valéria bebeu três doses de cachaça (quase virou homem e vomitou).
Meninas se tornam mulheres tristes, e nem é conversa de perna que abriu, de pau que entrou, é conversa de mundo (papo de mãe que diz que mulher tem que se valorizar porque se não, vai ouvir coisas que doem), de valores que Andressa e Valéria não vão compreender nessa ou na próxima estação.
Pensava que o valor estava em sermos quem somos, na loucura, no silêncio, na marijuana, na cocaína, na vodca, na cuba, de cabelos molhados, lisos, enrolados, santa, demoníaca, sorrindo, dançando, vomitando, fazendo o almoço, mandando mensagens na madrugada, querendo que ele ande de costas pra rua de mãos dadas pra ela; gritando chorando, sorrindo e chorando e dançando.
Queria o amor assim, o amor que ama quando a vê vomitando nua embaixo do chuveiro (logo ela que nunca vomita e nunca molha as melenas escovadas assim...) e que deixasse pra lá o vexame raro que a envergonharia.
Andressa se contradiz ( certezas tão opostas em intervalos tão curtos, nem espera compreensão, pudera vir a empatia) e depois não consegue conter as lágrimas; e lágrima de menininha arrogante deve dar um sadismo gostoso dos diabos pra moleque inseguro que já anda comendo outras... Que já viu que seu pau entra mesmo em qualquer lugar, e que tem muita dona entediada com um “grande vazio molhado” por aí.
Naquela noite não choveu, naquela noite o velho branco do samba cantou algo sobre paixão e dormir no abraço. Não falou da chuva que me amedrontaria e de sentir-se um lixo no dia anterior. Mas, tudo bem, era samba! Não presciência caralho!
Por que quando a gente chora parece chuva de presságio de fim de mundo?
(Por falar em chuva, esse domingo chorava alguma coisa bem doída no céu hein?).
Meninas que brincam de meretrizes acabam mulheres tristes...
Mas ser mulher é triste, primeiro o cara finge que ama sua alma (almejando sua vagina lacrada e eufórica), então tudo é alma, beijo é alma, conversas, histórias, coração e alma abertos praquela prole macho tão sem empatia, que se não dissimulasse tanto deixaria os chifres de diabo aparecer...
Não quero lamuriar a condição feminina não...
Porque começa assim, as revelações não demoram tanto. É que se tem amor que não exige muita coisa é amor de menina, “é que a gente dá mais que o corpo em motéis baratos e homem não salva ninguém não...”-declarou Valéria.
Eu sempre quis viver mais, compartilhar mais do que eu penso, sinto, dessas impressões embriagadas, desse mundo meu que eu odeio e me orgulho, de toda essa ampla utopia (que teima em nem ser utopia), eu sempre pensei que amor tinha a ver com empatia, com encanto, algo como querer saber o que o outro é, o que queria ser, o que já foi... Pensava que amar era esperar sem chorar, e chorar sem esperar...
Pensei que amar era respeitar a decadência do outro e nunca se vingar quando o visse frágil.
Eu tenho olhos que confessam, que me entregam.
E finge não me conhecer...
Desgraçadas mesmo, são as mulheres que se julgam felizes (e espertas), que ficam com os caras pelo carro, pelo preço do motel, que não cantam, não dançam nuas olhando no espelho. Mas todo homem quer uma dessas (as da procuradoria, as dos grandes fóruns) valor ta nisso aí, esse valor mundano, quem gosta de homem é viado né? Mulher gosta de dinheiro.
As escritoras, as sociólogas, as professoras, as atrizes, as cantoras, mulher que tem beleza até na decadência, mulher pra andar léguas, pra fazer perder o sono, o fôlego, a paz, mulher que não precisa de cenário (pois já é a própria cena); essas meninas que brincaram de meretrizes e se tornaram mulheres tristes sim, mas verdadeiras, e sem máscaras. Meninas que amaram, que foram chamadas de vagabunda, que nunca precisou de homem nenhum pra estipular seu valor. Que sabem sim, separar diversão do amor, e mesmo quando tentam se enganar, há sempre um domingo, uma chuva que apavora, alguns hematomas que narram a porra toda, a destruição delirante nos braços de quem levou meu melhor e que eu nunca quis roubar ou ferir... O erro, a culpa e a pena...
Andressa estava pensando: “um homem não é homem quando confunde a mulher da cama com a que senta no seu lado no metrô em silêncio, quando leva a puta da cama pro metrô (sem notar que ela já ficou tão frágil que nem é puta mais), não vendo que ela mastiga chicletes e parece ter uns dezesseis anos, mas já vai fazer vinte e dois...”.
Perdi o fio que me conduzia a contar essa história.
Perdi o fio da meada desse meu fim de semana, deixei esse domingo ser mais forte que eu, agora mulher (triste).
Não era pra explicar nada mesmo.
Já me basta ter acabado o domingo e não ter mais ilusões de ser menina com quem me quer meretriz.
(Sei quem sou e o que sou em você, mesmo agora. Nada parecido comigo no google ou no seu passado em que todas as mulheres te exigiam tudo, menos o que você tinha. Parece que pra ter valor tem que exigir aquilo que nem se precisa e ser aquilo que nem se compreende, cansei de tentar entender: sou louca, menina, mulher, sou o que eu quiser! Durma com esse barulho).
Que o acaso proteja Valéria, Andressa, Camila, Suzane, Daniele, Alice, Fernanda, Cíntia, Luisa, Lídia, Lola, Amanda, Maria, Fabiana, Dorinha, Matilde, Benedita... Que o acaso torne e assole as mulheres sorumbáticas, que as meninas masquem chiclete e gozem muito e que as procuradoras mal-comidas dêem por escrito a cotação do encontro e que caiba a eles a reserva dos mais macambúzios e requintados motéis de São Paulo!
Valéria bebeu três doses de cachaça (quase virou homem e vomitou).
Meninas se tornam mulheres tristes, e nem é conversa de perna que abriu, de pau que entrou, é conversa de mundo (papo de mãe que diz que mulher tem que se valorizar porque se não, vai ouvir coisas que doem), de valores que Andressa e Valéria não vão compreender nessa ou na próxima estação.
Pensava que o valor estava em sermos quem somos, na loucura, no silêncio, na marijuana, na cocaína, na vodca, na cuba, de cabelos molhados, lisos, enrolados, santa, demoníaca, sorrindo, dançando, vomitando, fazendo o almoço, mandando mensagens na madrugada, querendo que ele ande de costas pra rua de mãos dadas pra ela; gritando chorando, sorrindo e chorando e dançando.
Queria o amor assim, o amor que ama quando a vê vomitando nua embaixo do chuveiro (logo ela que nunca vomita e nunca molha as melenas escovadas assim...) e que deixasse pra lá o vexame raro que a envergonharia.
Andressa se contradiz ( certezas tão opostas em intervalos tão curtos, nem espera compreensão, pudera vir a empatia) e depois não consegue conter as lágrimas; e lágrima de menininha arrogante deve dar um sadismo gostoso dos diabos pra moleque inseguro que já anda comendo outras... Que já viu que seu pau entra mesmo em qualquer lugar, e que tem muita dona entediada com um “grande vazio molhado” por aí.
Naquela noite não choveu, naquela noite o velho branco do samba cantou algo sobre paixão e dormir no abraço. Não falou da chuva que me amedrontaria e de sentir-se um lixo no dia anterior. Mas, tudo bem, era samba! Não presciência caralho!
Por que quando a gente chora parece chuva de presságio de fim de mundo?
(Por falar em chuva, esse domingo chorava alguma coisa bem doída no céu hein?).
Meninas que brincam de meretrizes acabam mulheres tristes...
Mas ser mulher é triste, primeiro o cara finge que ama sua alma (almejando sua vagina lacrada e eufórica), então tudo é alma, beijo é alma, conversas, histórias, coração e alma abertos praquela prole macho tão sem empatia, que se não dissimulasse tanto deixaria os chifres de diabo aparecer...
Não quero lamuriar a condição feminina não...
Porque começa assim, as revelações não demoram tanto. É que se tem amor que não exige muita coisa é amor de menina, “é que a gente dá mais que o corpo em motéis baratos e homem não salva ninguém não...”-declarou Valéria.
Eu sempre quis viver mais, compartilhar mais do que eu penso, sinto, dessas impressões embriagadas, desse mundo meu que eu odeio e me orgulho, de toda essa ampla utopia (que teima em nem ser utopia), eu sempre pensei que amor tinha a ver com empatia, com encanto, algo como querer saber o que o outro é, o que queria ser, o que já foi... Pensava que amar era esperar sem chorar, e chorar sem esperar...
Pensei que amar era respeitar a decadência do outro e nunca se vingar quando o visse frágil.
Eu tenho olhos que confessam, que me entregam.
E finge não me conhecer...
Desgraçadas mesmo, são as mulheres que se julgam felizes (e espertas), que ficam com os caras pelo carro, pelo preço do motel, que não cantam, não dançam nuas olhando no espelho. Mas todo homem quer uma dessas (as da procuradoria, as dos grandes fóruns) valor ta nisso aí, esse valor mundano, quem gosta de homem é viado né? Mulher gosta de dinheiro.
As escritoras, as sociólogas, as professoras, as atrizes, as cantoras, mulher que tem beleza até na decadência, mulher pra andar léguas, pra fazer perder o sono, o fôlego, a paz, mulher que não precisa de cenário (pois já é a própria cena); essas meninas que brincaram de meretrizes e se tornaram mulheres tristes sim, mas verdadeiras, e sem máscaras. Meninas que amaram, que foram chamadas de vagabunda, que nunca precisou de homem nenhum pra estipular seu valor. Que sabem sim, separar diversão do amor, e mesmo quando tentam se enganar, há sempre um domingo, uma chuva que apavora, alguns hematomas que narram a porra toda, a destruição delirante nos braços de quem levou meu melhor e que eu nunca quis roubar ou ferir... O erro, a culpa e a pena...
Andressa estava pensando: “um homem não é homem quando confunde a mulher da cama com a que senta no seu lado no metrô em silêncio, quando leva a puta da cama pro metrô (sem notar que ela já ficou tão frágil que nem é puta mais), não vendo que ela mastiga chicletes e parece ter uns dezesseis anos, mas já vai fazer vinte e dois...”.
Perdi o fio que me conduzia a contar essa história.
Perdi o fio da meada desse meu fim de semana, deixei esse domingo ser mais forte que eu, agora mulher (triste).
Não era pra explicar nada mesmo.
Já me basta ter acabado o domingo e não ter mais ilusões de ser menina com quem me quer meretriz.
(Sei quem sou e o que sou em você, mesmo agora. Nada parecido comigo no google ou no seu passado em que todas as mulheres te exigiam tudo, menos o que você tinha. Parece que pra ter valor tem que exigir aquilo que nem se precisa e ser aquilo que nem se compreende, cansei de tentar entender: sou louca, menina, mulher, sou o que eu quiser! Durma com esse barulho).
Que o acaso proteja Valéria, Andressa, Camila, Suzane, Daniele, Alice, Fernanda, Cíntia, Luisa, Lídia, Lola, Amanda, Maria, Fabiana, Dorinha, Matilde, Benedita... Que o acaso torne e assole as mulheres sorumbáticas, que as meninas masquem chiclete e gozem muito e que as procuradoras mal-comidas dêem por escrito a cotação do encontro e que caiba a eles a reserva dos mais macambúzios e requintados motéis de São Paulo!
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
solidariedade
NÃO DEIXE O MOSTRO DA CENSURA DESPERTAR!
SOLIDARIEDADE COM ADRIANA VANDONI QUE TEVE O SEU BLOG CENSURADO PELO GOVERNO ATUAL.
SOLIDARIEDADE COM ADRIANA VANDONI QUE TEVE O SEU BLOG CENSURADO PELO GOVERNO ATUAL.
vagina intermezzo
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
prefiro Sthendal
We can! Yes, we can!"
Essa frase nos levará onde?
Um negro falando isso reflete liberdade. Um branco, poder. Na China, economia.
Indiferente das cores, essa frase tem um efeito placebo.
Podemos tantas coisas e logo não podemos mais.
De fato, poder é querer.
Querer sair da merda por exemplo, dá sim. Acho que dá certo ás vezes. Já tentou? Eu tento todos os dias. Denoto que vai bem sim, algumas estratégias nunca são perdidas.
Tem dias que você só quer o sobrevôo na carniça, outros você opta por destroçar a carne.
Ilustração: Federico Garcia Lorca
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Xterminator
Vamos fazer igual ao governador da Califórnia: construir presídios no México para limpar a área do E.U.A.
domingo, 24 de janeiro de 2010
traídos...
Yara limpou os dedos com o guardanapo, calou-se enquanto as ondas batiam barulhentas nas pedras. Era a primeira vez que via o mar depois de ter deixado Marcos pra trás, depois de ter comido seu coração com pimenta e sal num prato branco.
Marcos já não ia trabalhar, acumulava meias em baixo da cama, sabia e negava que ele sim havia fodido com o resto da cena, matado o resto das reticências dentro de Yara.
Era alguma coisa como não saber mais nada sobre o sentir, alguma coisa como gritar e depois se contradizer, alguma coisa como por fogo no único lar que se tem. Alguma coisa como matar crianças satânicas que assolam tudo e gritam muito (mesmo que demônios, ainda são infantes), era algo como condenar por ausência de brandura quem foi deflorado. Era algo como um manifesto de três frases, algo como cinzas de cigarros numa blusa preta sem ter a ciência de quem os fumaram.
Era algo como não perdoar e esquecer.
Yara jamais iria ceder pra quem fosse. Opinião de tolo é que nem casa sem laje.
Marcos foi como um golfinho ensangüentado gritando num oceano longínquo.
Mil e quinhentas guerras se iniciam quando dois corpos se consomem e valem-se do sobrenome de amor.
Depois do motejo, ninguém mais ri, fica pra sempre um beijo, um cortejo e uma sensação sem nome, que custa passar. Quando passa.
Marcos já não ia trabalhar, acumulava meias em baixo da cama, sabia e negava que ele sim havia fodido com o resto da cena, matado o resto das reticências dentro de Yara.
Era alguma coisa como não saber mais nada sobre o sentir, alguma coisa como gritar e depois se contradizer, alguma coisa como por fogo no único lar que se tem. Alguma coisa como matar crianças satânicas que assolam tudo e gritam muito (mesmo que demônios, ainda são infantes), era algo como condenar por ausência de brandura quem foi deflorado. Era algo como um manifesto de três frases, algo como cinzas de cigarros numa blusa preta sem ter a ciência de quem os fumaram.
Era algo como não perdoar e esquecer.
Yara jamais iria ceder pra quem fosse. Opinião de tolo é que nem casa sem laje.
Marcos foi como um golfinho ensangüentado gritando num oceano longínquo.
Mil e quinhentas guerras se iniciam quando dois corpos se consomem e valem-se do sobrenome de amor.
Depois do motejo, ninguém mais ri, fica pra sempre um beijo, um cortejo e uma sensação sem nome, que custa passar. Quando passa.
sábado, 23 de janeiro de 2010
"Hopelessly drift
In the eyes of the ghost again
Down on my knees
And my hands in the air again
Pushing my face in the memory of you again
But I never know if it's real
Never know how I wanted to feel
Never quite said what Iwanted to say to you
Never quite managed the words to explain to you
Never quite knew how to make them believable
And now the time has gone
Another time undone
Hopelessly fighting the devil
Futility
Feeling the moster
Climb deeper inside of me
Feeling him gnawing my heart away
Hungrily
I'll never lose this pain
Never dream of you again"
In the eyes of the ghost again
Down on my knees
And my hands in the air again
Pushing my face in the memory of you again
But I never know if it's real
Never know how I wanted to feel
Never quite said what Iwanted to say to you
Never quite managed the words to explain to you
Never quite knew how to make them believable
And now the time has gone
Another time undone
Hopelessly fighting the devil
Futility
Feeling the moster
Climb deeper inside of me
Feeling him gnawing my heart away
Hungrily
I'll never lose this pain
Never dream of you again"
(the cure_untitled)
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
O dia em que Gottfried Benn pegou onda
É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo. É preciso aprender.
Há dias de sol por cima da prancha,
há outros, em que tudo é caixote, vaca,
caldo. É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo, é preciso aprender
a persistir, a não desistir, é preciso,
é preciso aprender a ficar submerso,
é preciso aprender a ficar lá embaixo,
no círculo sem luz, no furacão de água
que o arremessa ainda mais para baixo,
onde estão os desafiadores dos limites
humanos. É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo, a persistir, a não desistir,
a não achar que o pulmão vai estourar,
a não achar que o estômago vai estourar,
que as veias salgadas como charque
vão estourar, que um coral vai estourar
os miolos – os seus miolos –, que você
nunca mais verá o sol por cima da água.
É preciso aprender a ficar submerso, a não
falar, a não gritar, a não querer gritar
quando a areia cuspir navalhas em seu rosto,
quando a rocha soltar britadeiras
em sua cabeça, quando seu corpo
se retorcer feito meia em máquina de lavar,
é preciso ser duro, é preciso aguentar,
é preciso persistir, é preciso não desistir.
É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo, é preciso aprender
a aguentar, é preciso aguentar
esperar, é preciso aguentar esperar
até se esquecer do tempo, até se esquecer
do que se espera, até se esquecer da espera,
é preciso aguentar ficar submerso
até se esquecer de que está aguentando,
é preciso aguentar ficar submerso
até que o vulcão de água, voluntarioso,
arremesse você de volta para fora dele.
Escrito por Alberto Pucheu
por algum tempo. É preciso aprender.
Há dias de sol por cima da prancha,
há outros, em que tudo é caixote, vaca,
caldo. É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo, é preciso aprender
a persistir, a não desistir, é preciso,
é preciso aprender a ficar submerso,
é preciso aprender a ficar lá embaixo,
no círculo sem luz, no furacão de água
que o arremessa ainda mais para baixo,
onde estão os desafiadores dos limites
humanos. É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo, a persistir, a não desistir,
a não achar que o pulmão vai estourar,
a não achar que o estômago vai estourar,
que as veias salgadas como charque
vão estourar, que um coral vai estourar
os miolos – os seus miolos –, que você
nunca mais verá o sol por cima da água.
É preciso aprender a ficar submerso, a não
falar, a não gritar, a não querer gritar
quando a areia cuspir navalhas em seu rosto,
quando a rocha soltar britadeiras
em sua cabeça, quando seu corpo
se retorcer feito meia em máquina de lavar,
é preciso ser duro, é preciso aguentar,
é preciso persistir, é preciso não desistir.
É preciso aprender a ficar submerso
por algum tempo, é preciso aprender
a aguentar, é preciso aguentar
esperar, é preciso aguentar esperar
até se esquecer do tempo, até se esquecer
do que se espera, até se esquecer da espera,
é preciso aguentar ficar submerso
até se esquecer de que está aguentando,
é preciso aguentar ficar submerso
até que o vulcão de água, voluntarioso,
arremesse você de volta para fora dele.
Escrito por Alberto Pucheu
acordei meio peter sellers
Eu consigo ser bem atrapalhada quando não quero, quando não posso.
Geralmente isso acontece quando tenho uma novidade pela frente, um frenesi de idéias que estão em ebulição.
Andar de ônibus vira coisa do outro mundo, fico sem equilíbrio, sem firmeza, enrolando os cabelos para movimentar a manivela do cérebro.
Os objetos se transformam em armas secretas assustando as pessoas.
Eu fico mais feliz,mas, desesperada.
Se eu conseguir cada novidade que surge, me transformo já numa outra matéria.
Só gostaria de ter esse poder de atrapalhada para tornar a minha vida mais engraçada.
Geralmente isso acontece quando tenho uma novidade pela frente, um frenesi de idéias que estão em ebulição.
Andar de ônibus vira coisa do outro mundo, fico sem equilíbrio, sem firmeza, enrolando os cabelos para movimentar a manivela do cérebro.
Os objetos se transformam em armas secretas assustando as pessoas.
Eu fico mais feliz,mas, desesperada.
Se eu conseguir cada novidade que surge, me transformo já numa outra matéria.
Só gostaria de ter esse poder de atrapalhada para tornar a minha vida mais engraçada.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
kitsch net
Você vem,eu te largo e todos os momentos tive o mesmo prazer de ver a cena da derrota em seus quadros.
Eu toco e você desenha o traço que dá a passagem do infinito, do nosso romance vagabundo que nunca dá em nada e que sempre alguém tenta se jogar pela janela.
Queria ser amado, sabe? Não visto como um perfil erotizado, pelas mandíbulas da tua imaginação.
Está inquieta, você aguarda um pai. Não desejas um homem. Nem em pensamento.
Tem xeque-mate na estória. Você me ignora. Eu sou apenas um garoto nesse momento.
A tua palavra me persegue, a tua voz é pleonasma.
Não sei se é musa, mas, a obcessão a transformou nisso. A obcessão transforma tudo em paixão.
Só estou falando das minhas dores, do meu jogo.
Me transformastes em um apartamento, com saída para as escadas de incêndio.
Bora matar uns pombos!
Grito por paz.
Mas que porra de paz é essa que começa com um grito?
Uma mulher sem amor é uma mulher com alguns aditivos a mais na loucura.
Oca é a sua cabeça, bastardo que não sabe calar a boca!
Vamos cozinhar uns frangos essa noite, princípio de tempo perdido se dá no primeiro mês, aqueles que bebem, bebem e golfam.
Ora bolas, cachaça não era coisa de homem?
Ela disse que não precisava de nada, e não precisava mesmo.
Basta dessa caralhada de frases soltas.
Chove tanto aqui nas margens que faz inveja pra chuva lá fora...
Mas que porra de paz é essa que começa com um grito?
Uma mulher sem amor é uma mulher com alguns aditivos a mais na loucura.
Oca é a sua cabeça, bastardo que não sabe calar a boca!
Vamos cozinhar uns frangos essa noite, princípio de tempo perdido se dá no primeiro mês, aqueles que bebem, bebem e golfam.
Ora bolas, cachaça não era coisa de homem?
Ela disse que não precisava de nada, e não precisava mesmo.
Basta dessa caralhada de frases soltas.
Chove tanto aqui nas margens que faz inveja pra chuva lá fora...
(fotografia: minha mesmo.)
roupagem para o ditador dos cotovelos
- Nossa! Essa passagem deixou-me sensibilizado!
- É, uma maravilha! Aquela mulherzinha é bem louca nos palcos!
- Imagina só! Tirou a peruca e mostrou a cabeça careca!Careca!
- Não sabia que existiam bons atores por aqui.
- Foi uma experiência única!
- Olha! É bem verdade que todo messias é gato pardo,mas, essa peça precisa ser levada urgentemente para onde estamos.
- Pena que ela é uma puta!
- Xii, você não viu nada! Ela vive dando uns beijos no camareiro!
- E como você sabe? Você a viu nessa promiscuidade toda?
- É o que andam dizendo!
Fez- se um silêncio no ambiente. A luz que iluminava o tablado, passara a iluminar Calígula, da peça em si.
Com seus atributos e com suas obscenidades provocando incesto e arrancando os atributos de muitas fêmeas.
O ditador não era nada mais que um dos que conversavam no início. Geralmente utilizava-se de crueldade e sagacidade. Não gostava de dividir suas mulheres - se é que ele as amava - e nem seus objetos importantes como o revólver.
Vivia de Ray-Ban, de chapéu malandro.
Seu esporte era ter boas relações: no escritório, na cama ou no jóquei. Ah, tinha a presidência onde ele gostava de realizar sessões sadistas.
Incrivelmente sociopata e desconectado da piedade humana.
- É, uma maravilha! Aquela mulherzinha é bem louca nos palcos!
- Imagina só! Tirou a peruca e mostrou a cabeça careca!Careca!
- Não sabia que existiam bons atores por aqui.
- Foi uma experiência única!
- Olha! É bem verdade que todo messias é gato pardo,mas, essa peça precisa ser levada urgentemente para onde estamos.
- Pena que ela é uma puta!
- Xii, você não viu nada! Ela vive dando uns beijos no camareiro!
- E como você sabe? Você a viu nessa promiscuidade toda?
- É o que andam dizendo!
Fez- se um silêncio no ambiente. A luz que iluminava o tablado, passara a iluminar Calígula, da peça em si.
Com seus atributos e com suas obscenidades provocando incesto e arrancando os atributos de muitas fêmeas.
O ditador não era nada mais que um dos que conversavam no início. Geralmente utilizava-se de crueldade e sagacidade. Não gostava de dividir suas mulheres - se é que ele as amava - e nem seus objetos importantes como o revólver.
Vivia de Ray-Ban, de chapéu malandro.
Seu esporte era ter boas relações: no escritório, na cama ou no jóquei. Ah, tinha a presidência onde ele gostava de realizar sessões sadistas.
Incrivelmente sociopata e desconectado da piedade humana.
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o rato roeu a roupa do rei de roma
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
síndrome de V.G.
- Seus distúrbios andam descontrolados! Todos os dias você vem se consultar e todos os dias é o mesmo diagnóstico!
- O que posso fazer doutor? Sinto-me mal todos os dias.
- Acredito que a senhorita deva procurar um especialistaem S .V.G.
- Por quê?
- Particularmente, acho desconfortável colocar a mão aí, querida. O buraco está crescendo cada vez mais.
- Eu tenho medo desse buraco também doutor! Me ajude! Não posso ser engolida por mim mesma!
- Não, a senhorita não será engolida,imagina!
- Então o que vai acontecer? Me tranformarei em uma gigantesca vagina?
- Não há estudos que indiquem essa possibilidade! Procure esse especialista! Ele vai lhe orientar melhor.
- Eu estou sem dinheiro doutor! Gastei tudo com o seu tratamento que, pelo visto, não me resolveu nada.
- Senhorita Edy, para tudo há uma solução.
- Não acredito nisso. O senhor desviou os meus recursos!
- Só se eles cairam neste buraco!hahaha....desculpe, foi inevitável!
- O que me resta agora é chorar.
- Não seja tola de fazer isso!
- Vaginas podem tranformar a vida de uma garota, não tão radical assim,mas, podem!
- O que posso fazer doutor? Sinto-me mal todos os dias.
- Acredito que a senhorita deva procurar um especialistaem S .V.G.
- Por quê?
- Particularmente, acho desconfortável colocar a mão aí, querida. O buraco está crescendo cada vez mais.
- Eu tenho medo desse buraco também doutor! Me ajude! Não posso ser engolida por mim mesma!
- Não, a senhorita não será engolida,imagina!
- Então o que vai acontecer? Me tranformarei em uma gigantesca vagina?
- Não há estudos que indiquem essa possibilidade! Procure esse especialista! Ele vai lhe orientar melhor.
- Eu estou sem dinheiro doutor! Gastei tudo com o seu tratamento que, pelo visto, não me resolveu nada.
- Senhorita Edy, para tudo há uma solução.
- Não acredito nisso. O senhor desviou os meus recursos!
- Só se eles cairam neste buraco!hahaha....desculpe, foi inevitável!
- O que me resta agora é chorar.
- Não seja tola de fazer isso!
- Vaginas podem tranformar a vida de uma garota, não tão radical assim,mas, podem!
a voz do brasil
o QUE SER? CONSCIENTE OU ERRÔNEO?
ALI ESTÁ A PSIQUE SEPARADA DO ORGANISMO.
NÃO APARENTA TER MAIS QUE 30 ANOS.
É A VOZ QUE GUIA NOSSO COMBATENTE.
SEM A SUA DIRETRIZ O SOLDADO LEVA O TIRO NA TESTA.
O TIRO NA TESTA.
É AZUL SUA COR. SEU ROSTO ESTÁ PINTADO PARA A GUERRA.
ALI ESTÁ A PSIQUE SEPARADA DO ORGANISMO.
NÃO APARENTA TER MAIS QUE 30 ANOS.
É A VOZ QUE GUIA NOSSO COMBATENTE.
SEM A SUA DIRETRIZ O SOLDADO LEVA O TIRO NA TESTA.
O TIRO NA TESTA.
É AZUL SUA COR. SEU ROSTO ESTÁ PINTADO PARA A GUERRA.
A senhora trabalha de quê mesmo?
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
toda arte
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Seco como o deserto aerado do Ceará
Permita-se enlouquecer pelas excentricidades e acabe seus dias cerrado num hospício.
O maior temor é deixar que a loucura desapareça, ocasionando á razão e entre todas as razões, há uma virilidade destruidora de sonhos.
"No instante de deixá-la, quero fazer-lhe uma pergunta que resume todas as demais, uma pergunta que somente eu seria capaz de fazer, sem dúvida, mas que, pelo menos desta vez, encontrou resposta à altura: 'Quem é você?' E ela, sem hesitar: 'Eu sou uma alma errante.' Combinamos nos encontrar no dia seguinte no bar que existe na esquina da rua Lafayette com o faubourg Poissonnière. Diz que gostaria de ler um ou outro dos meus livros e insiste quando sinceramente ponho em dúvida o interesse que possa ter por eles. A vida é diferente do que se escreve". ( Trecho de Nadja, de Andre Breton)
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
"Mirror in the sky, what is love?"
Alice, minha bela,
Seria bem melhor se soubéssemos nosso lugar no mundo, mas no mundo não há lugar pra quem se sabe perdido.
Não precisamos mesmo de tanta gente, nem de alimentar tantas esperas inúteis.
O que há de vir, virá sem que se espere ou sequer descubra o nome.
Eu fico é lamentando os dias em que não te vejo e imagino como será que está seu cabelo, se comprou um sapato novo e como o entardecer te deixa mais naturalmente bela. Você é uma saudade tão telúrica no meu coraçãozinho feio, cheio de remendos que não combinam.
Selvagem é ter medo e ainda assim sair de casa, selvagem é a selva dos que não se sabem selvagens.
Eu quero desenhar estrelas na sua mão direita.
E infernizar este lado que me cabe, da sua literatura.
Seria bem melhor se soubéssemos nosso lugar no mundo, mas no mundo não há lugar pra quem se sabe perdido.
Não precisamos mesmo de tanta gente, nem de alimentar tantas esperas inúteis.
O que há de vir, virá sem que se espere ou sequer descubra o nome.
Eu fico é lamentando os dias em que não te vejo e imagino como será que está seu cabelo, se comprou um sapato novo e como o entardecer te deixa mais naturalmente bela. Você é uma saudade tão telúrica no meu coraçãozinho feio, cheio de remendos que não combinam.
Selvagem é ter medo e ainda assim sair de casa, selvagem é a selva dos que não se sabem selvagens.
Eu quero desenhar estrelas na sua mão direita.
E infernizar este lado que me cabe, da sua literatura.
Beijos da sua gata listrada!
Serafina, onde estás?
Você, esperto, saudável e generoso, se inscreva aqui para fazer um DocTv.
Personegem: Serafina, dragqueen da Luz.
Requisito: Ser garoto.
Personegem: Serafina, dragqueen da Luz.
Requisito: Ser garoto.
chantagem eu, você
Amanda,
o mundo não precisa ser assim, não precisamos dessa gente toda, desses cursos todos.
pareço um idiota falando,mas é a pura verdade.
não precisamos dessas coisas que eles alegam, nem justificar o que sentimos e o que fazemos.
não precisamos pretender e nem querer.
só precisamos ser ou não ser, pois, nossa filosofia anda gasta.
te gosto com empenho e driblando as pedreiras dessa montanha tão selvagem chamada " amor".
lá na favela...
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
No que posso ajudar senhor?
- Boa noite! Você é Odara?
- Não senhor, sou Bete.
- Deve ser gostosa como a Odara?
- Senhor, qual a sua preferência?
- Queria sexo anal.
- Já abriu o zíper?
- Estou tentando,mas, não quero desse jeito!
- Então como queres?
- Fale baixarias do tipo, eu chupo alguma coisa e você enfia até rasgar!
- Sadomaso?
- Me insulte por ser advogado,vamos!
- Filho da puta!
- Diga que eu tenho um pênis grande e que lhe amedronta!Vamos!
- Bate bem forte na minha bunda seu advogado desgraçado!
- Não! Não! Bater é ruim! Vamos ficar só nos insultos.
- Eu gosto de agressões físicas.
- Queridinha, você é doente!
- Quer que eu abra as pernas até elas se definharem?
- O que eu vou ver no meio dessas pernas? Uma vagina mal cheirosa?
- Passo talco nela todos os dias.
- Você não é mais bebê.
- Senhor, temos 15 minutos.
- Eu ligo pra essa porcaria e sempre perco dinheiro! Vou falar com o Nelson.
- Nelson não trabalha mais conosco.
- Ele foi mandado embora?
- Ele morreu.
- Faz muito tempo?
- Não, ontem mesmo.
tribunais misóginos
ond h´ cnto tm sepre ecanto
vrtudes eclarecedors
em tdo o prposito
dsmercedor
hvia pats na mntiqueira
rgiu o tmpo e se fi a lz.
vrtudes eclarecedors
em tdo o prposito
dsmercedor
hvia pats na mntiqueira
rgiu o tmpo e se fi a lz.
Precisa-se ...
...desesperadamente de um novo personagem para uma nova estória.
Ajudem-me a descobrir esse novo perfil.
Postem aqui características esparsas.
bye
Ajudem-me a descobrir esse novo perfil.
Postem aqui características esparsas.
bye
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
BONI MORES
Reza o tempo em sua cabana abandonada pelo marido.
Lugar inabitável, de forasteiros campestres, dominado por campos, vastos campos.
As noites são frias, de pouco contato humano.
E todos os dias ela vai cortar lenha, cuidar do rebanho e trancar a porteira.
O que só faz é rezar.
Um dia lendo a bíblia, teve um insight, um pensamento dúbio que a levou ao ódio, subitamente.
Por que fora abandonada? O que ela fez a Deus para receber tamanho castigo?
Quando deixou de frequentar as reuniões dominicais e ser uma boa serva?
Quem deixou de ajudar para ser corrompida?
Onde está esse Deus que conheceu nos cultos desde criança?
Levando a mão esquerda sobre os olhos, rasga uma página da bíblia com a outra mão, levando este pedaço á boca.
Mastiga lentamente para absorver alguma resposta deste Deus, que não se manteve presente em palavras, busca os seus escritos.
Lugar inabitável, de forasteiros campestres, dominado por campos, vastos campos.
As noites são frias, de pouco contato humano.
E todos os dias ela vai cortar lenha, cuidar do rebanho e trancar a porteira.
O que só faz é rezar.
Um dia lendo a bíblia, teve um insight, um pensamento dúbio que a levou ao ódio, subitamente.
Por que fora abandonada? O que ela fez a Deus para receber tamanho castigo?
Quando deixou de frequentar as reuniões dominicais e ser uma boa serva?
Quem deixou de ajudar para ser corrompida?
Onde está esse Deus que conheceu nos cultos desde criança?
Levando a mão esquerda sobre os olhos, rasga uma página da bíblia com a outra mão, levando este pedaço á boca.
Mastiga lentamente para absorver alguma resposta deste Deus, que não se manteve presente em palavras, busca os seus escritos.
Bom dia Amanda!
Como você passou o final de semana, querida colaboradora?
Arde os céus para ti nesta manhã?
Arde os céus para ti nesta manhã?
Diagrama
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Jaguatirica
Prenda fácil. Lavadeira ordinária!
Vive nesse mato devorando as sombras enfeitiçadas.
Caça o quê? Caça gente.
De tocaia espreitando.Mostra o rio esfumaçando, cabocla.
Trem que assovia o vento
nas matas áureas, virgens como Irapoti.
Arreganha tuas pernas nas margens do Francisco,lavadeira!
Teu sangue negro-crioulo, tem prazer nas ventas.
Jorra o sangue, do capitão atrevido.
Ele quer teu sexo e depois dar a tua cria.
Lavadeira!
Vive nesse mato devorando as sombras enfeitiçadas.
Caça o quê? Caça gente.
De tocaia espreitando.Mostra o rio esfumaçando, cabocla.
Trem que assovia o vento
nas matas áureas, virgens como Irapoti.
Arreganha tuas pernas nas margens do Francisco,lavadeira!
Teu sangue negro-crioulo, tem prazer nas ventas.
Jorra o sangue, do capitão atrevido.
Ele quer teu sexo e depois dar a tua cria.
Lavadeira!
vitrola da mari
Bonjour mademoseilles et monsieurs!
Un peus d´informations jamais n´est pas excessivement!
Pour pratiquer français.
www.lemonde.fr
Au revoir petits!
Pour pratiquer français.
www.lemonde.fr
Au revoir petits!
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Ruídos de infância
Lembro-me de quando os dias tinham o gosto bom do suco de hortelã que minha madrinha fazia pra mim.
Eu respirava a vida e meus cachos caiam por meus ombros desnudos: cintilante inocência.
Lembro dos olhos brilhantes e negros do meu pai, seu rosto corado pelas tardes: estende-se a alma na lembrança de traços tão finos e belos que enalteciam meu coração.
O cheiro dos bolos que ele fazia em minhas datas natalícias, a brisa doce dos sonhos de creme que povoavam meu imaginário pueril de alegria transbordante.
Cinco anos, cinco destinos (que se reduziram fatalmente em pedra no chão), os cabelos dourados da mãe, a calvície terna do pai sorrindo; ambos vestiam sempre a cor branca (a mãe enfermeira, o pai confeiteiro). Um branco tão altivo, para zombar de mim, anunciando a paz que jamais me acompanharia no decorrer da vida voraz...
Minha vida iria escolher o vermelho-sangue como cor matriz de sua trajetória. E mais tarde nos braços cretinos dos homens, viria descobrir que mesmo esse vermelho desbotara. Me condenando a esse rosa (que beira o ridículo) dos sonhos que nunca tive. Esse rosa do batom que eu nunca usei, esse rosa irritante, das flores que ninguém jamais me mandou.
(em algum dia de 2008).
Eu respirava a vida e meus cachos caiam por meus ombros desnudos: cintilante inocência.
Lembro dos olhos brilhantes e negros do meu pai, seu rosto corado pelas tardes: estende-se a alma na lembrança de traços tão finos e belos que enalteciam meu coração.
O cheiro dos bolos que ele fazia em minhas datas natalícias, a brisa doce dos sonhos de creme que povoavam meu imaginário pueril de alegria transbordante.
Cinco anos, cinco destinos (que se reduziram fatalmente em pedra no chão), os cabelos dourados da mãe, a calvície terna do pai sorrindo; ambos vestiam sempre a cor branca (a mãe enfermeira, o pai confeiteiro). Um branco tão altivo, para zombar de mim, anunciando a paz que jamais me acompanharia no decorrer da vida voraz...
Minha vida iria escolher o vermelho-sangue como cor matriz de sua trajetória. E mais tarde nos braços cretinos dos homens, viria descobrir que mesmo esse vermelho desbotara. Me condenando a esse rosa (que beira o ridículo) dos sonhos que nunca tive. Esse rosa do batom que eu nunca usei, esse rosa irritante, das flores que ninguém jamais me mandou.
(em algum dia de 2008).
por falar em esquizofrenia
http://blogs.estadao.com.br/sinapses/vozes-nao-consigo-separar-fantasia-da-realidade/
Texto profissional. Dicas para quem sofre com a doença.
Texto profissional. Dicas para quem sofre com a doença.
jazZzZz
Como boa garota que sou, ouço música.
Especialmente jazz e erudita.
Tem um disco que não pode faltar na vitrola nova da Mariana,
BITCHES BREW, traduzindo, soa como fermentação das safadas (putas).
Não sei de onde o Miles tirou esse título,mas é genial!
Se vocês assitiram TAXI DRIVER de Martin Scorcese, tem uma cena que aparece essa música.
Deixo vocês descobrirem qual é.
pérolas by Burroughs
E agora voltemos novamente ao campo de batalha. Um jovem penetra em seu confrade, enquanto outro jovem amputa a parte mais orgulhosa do estremecido desse caralho, sendo beneficiário que o membro visitante se proteja para encher o vácuo que a natureza abomina, e ejacula na Lagoa Negra onde piranhas, impacientes, abocanham a criança não nascida; aliás — em vista de certos fatos bem estabelecidos –, é pouco provável que nasça.
Gente doente me enjoa. Quando algum cidadão começa a falar sobre seu câncer na próstata ou seu septo podre, soltando aquela desgraça purulenta, eu digo: ‘Você pensa que estou interessado em ouvir sua horrível condição? Pois não estou nada interessado.
E agora cavalheiros — acredito que não haja nenhum travesti presente, he, he — , os senhores são todos cavalheiros por lei do Congresso, assim sendo falta só estabelecê-los como machos humanos, e positivamente neste salão decente não seria permitido nenhum ser transicional em qualquer direção que seja…
Um guarda de uniforme de pele humana, jaqueta de pele preta com botões de dentes amarelos e cariados, uma camisa elástica de cobre indiano polido, calças de adolescente nórdico bronzeado, sandálias de jovem camponês malaio com as plantas dos pés calejadas, um cachecol pardo-cinza enrolado e enfiado dentro da camisa. (Pardo-cinza é uma cor parecida com o cinzento sob a pele parda. Às vezes, é encontrada em mestiços de brancos e negros, quando a mistura não funcionou e as cores se separam como azeite na água…)
Leio o jornal… Alguma coisa sobre um triplo assassinato na Rue de la Merd, Paris: “Um ajuste de contas”… Passo para outra folha… “A polícia identificou o autor… Pepe El Culzito… O Cuzinho, um diminutivo afetuoso.
Tira II
Caro leitores, como disse minha cara Alice, aqui é um espaço para fuga, onde nada precisa fazer sentido e na verdade pouco estamos preocupadas com o que vocês pensam (risos!).
Me preocupo mais com o desconexo que essa literatura barata e densa possa proporcionar em qualquer um que busque sentir mais e pensar menos.
Já tive muitos conceitos, hoje apenas muitos e muitos delírios.
Um brinde aos nossos defeitos, já que as qualidades são muito relativas e ninguém vai comentar mesmo.
Sejam vocês mesmo, um dia isso vai dar certo e se não der, seja qualquer outro, mas seja! “Porque até pra morrer você tem que existir”, beijos pro Otto!
Me preocupo mais com o desconexo que essa literatura barata e densa possa proporcionar em qualquer um que busque sentir mais e pensar menos.
Já tive muitos conceitos, hoje apenas muitos e muitos delírios.
Um brinde aos nossos defeitos, já que as qualidades são muito relativas e ninguém vai comentar mesmo.
Sejam vocês mesmo, um dia isso vai dar certo e se não der, seja qualquer outro, mas seja! “Porque até pra morrer você tem que existir”, beijos pro Otto!
tira
Leitores,
Criamos esse espaço para falar sobre nosso interior.
Não somos seres alienados, pelo contrário, queremos fugir de tanta realidade.
Aqui foi feito para fugas, sempre criativas e densas,mas, com objetivo de desintegrar-se mesmo.
Por isso, leiam cada vez mais estórias infantis, sonhem mais e se divirtam também.
Já passamos hora suficiente trabalhando e dividindo nosso tempo com pessoas que talvez não se importam com outro apesar de passar e-mails que falam do bem ao próximo, com palavras bem recheadas de significados bonitos e falsos.
Sejam vocês mesmo, apesar de ninguém mais acreditar nas suas palavras. Qualquer dia dá certo!
Abs
Criamos esse espaço para falar sobre nosso interior.
Não somos seres alienados, pelo contrário, queremos fugir de tanta realidade.
Aqui foi feito para fugas, sempre criativas e densas,mas, com objetivo de desintegrar-se mesmo.
Por isso, leiam cada vez mais estórias infantis, sonhem mais e se divirtam também.
Já passamos hora suficiente trabalhando e dividindo nosso tempo com pessoas que talvez não se importam com outro apesar de passar e-mails que falam do bem ao próximo, com palavras bem recheadas de significados bonitos e falsos.
Sejam vocês mesmo, apesar de ninguém mais acreditar nas suas palavras. Qualquer dia dá certo!
Abs
tango
Buenos Aires é o nome da minha vizinha.
Toca na Filarmônica de São Paulo. Toca bonito. Deve ser bandoneón.
Dedica-se muito,até altas horas.
Mora só. De vez em quando vem os pais e alguns rapazes. Em dias alternados.Prefere a solidão, acho.
Final de ano, ela estava aí e o apartamento ficou um silêncio só.
Eu também fiquei sossegado. Faço bico de garçom. A família, puxa!, fica do outro lado do mundo.
Assim vamos levando. A invisibilidade do outro que te afeta.
Acho isso pior que facada.
Outro dia vi um cara ser esfaqueado em frente ao bar. Não pude fazer muita coisa a não ser levar o indivíduo para a outra calçada.
Fazer o quê? Só cumpro ordens e sigo o instinto.
A Buenos Aires já deve ser mais inteligente. Tem mais beleza também.
Eu sou apenas um cara simples, sem muito querer.
Toca na Filarmônica de São Paulo. Toca bonito. Deve ser bandoneón.
Dedica-se muito,até altas horas.
Mora só. De vez em quando vem os pais e alguns rapazes. Em dias alternados.Prefere a solidão, acho.
Final de ano, ela estava aí e o apartamento ficou um silêncio só.
Eu também fiquei sossegado. Faço bico de garçom. A família, puxa!, fica do outro lado do mundo.
Assim vamos levando. A invisibilidade do outro que te afeta.
Acho isso pior que facada.
Outro dia vi um cara ser esfaqueado em frente ao bar. Não pude fazer muita coisa a não ser levar o indivíduo para a outra calçada.
Fazer o quê? Só cumpro ordens e sigo o instinto.
A Buenos Aires já deve ser mais inteligente. Tem mais beleza também.
Eu sou apenas um cara simples, sem muito querer.
leonard cohen
Suzanne takes you down to her place near the river.You can hear the boats go by,You can spend the night beside her.And you know she's half crazy,But that's why you want to be there.And she feeds you tea and oranges that come all the way from China.And just when you mean to tell her that you have no love to give her,Then she gets you on her wavelengthAnd she lets the river answerThat you've always been her lover.And you want to travel with her,And you want to travel blind,And you know she will trust you,For you've touched her perfect body with your mind.Now Jesus was a sailor, when he walked opon the waterAnd he spent a long time watching from his lonely wooden tower.And when he knew for certain, only drownding men could see him,He said: "All men shall be sailors then, until the sea shall free them."But he himself was brokenLong before the skys would open,Foresaken, almost human,He sank beneath your wisdom, like a stoneAnd you want to travel with himAnd you want to travel blindAnd you think maybe you'll trust himFor he's touched your perfect body with his mind.Now Suzanne takes your hand and she leads you to the river.She's wearing rags and feathers from Salvation Army counters.And the sun pours down like honey on our Lady of the Harbor.And she shows you where to look, among the garbage and the flowers.There are heros in the seaweed,There are children in the morning,They are leaning out for love,They will lean that way forever,While Suzanne holds the mirror.And you want to travel with her,And you want to travel blind,And you know you can trust herFor she's touched your perfect body with her mind
Post á la saramago só que com pontuação...
os prédios da sé
A região central cresceu junto comigo, dentro do olhar fotográfico infantil.
Das vezes que acompanhava a minha mãe em todas as suas atividades, a visualização era vertical.
Edifícios altos sempre me fascinaram, todos os detalhes, design e enrosco.
Eu via uma outra persona do alto, como se uma das minhas personalidades se tornasse física.
E lá do alto eu poderia ter asas indomáveis e sobrevoar todos os pensamentos.
Teria a plasticidade da mutação e sofreria sob todas as formas elásticas.
Não me contenho dentro do meu corpo.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
00:41
Tocando “time after time” no radio, acabei de me masturbar e gozei duas vezes.
Ainda sinto o cheiro do meu sexo em desespero enquanto minha mente se entorna perdida como uma agulha num pasto e se engana sobre tudo! Inclusive sobre aquele tal de amor.
Nessas horas que eu me lembro que mesmo sendo uma escritora que assumidamente sofre; não sei fingir que não é nada e transformar minhas mazelas em literatura barata pra vocês. Acho bem menos intimo confessar que me masturbo do que revelar o que estou pensando.
Boa noite.
Ainda sinto o cheiro do meu sexo em desespero enquanto minha mente se entorna perdida como uma agulha num pasto e se engana sobre tudo! Inclusive sobre aquele tal de amor.
Nessas horas que eu me lembro que mesmo sendo uma escritora que assumidamente sofre; não sei fingir que não é nada e transformar minhas mazelas em literatura barata pra vocês. Acho bem menos intimo confessar que me masturbo do que revelar o que estou pensando.
Boa noite.
esse espaço é para gozar
Tranquilas ruas do Glicério.
Com suas putas malfadadas que descem da Liberdade.
Com seus traços originais e cores fantásticas que me tomam dentro de um impasse gigantesco.
O centro descentraliza a fé de ser.
Tantas coisas acontecendo, o cara que toca trompete fumando na janela, as meninas retirantes com suas saias indecorosas, a rua com lixo, intransitável e de cheiro escasso, de miserável.
Olhar para dentro.
Com suas putas malfadadas que descem da Liberdade.
Com seus traços originais e cores fantásticas que me tomam dentro de um impasse gigantesco.
O centro descentraliza a fé de ser.
Tantas coisas acontecendo, o cara que toca trompete fumando na janela, as meninas retirantes com suas saias indecorosas, a rua com lixo, intransitável e de cheiro escasso, de miserável.
Olhar para dentro.
cria cuervos
Tem imagens que te perturbam logo de cara.
Aconteceu comigo.
Assistindo Cria Cuervos, de Carlos Saura, revivi toda a minha infância, por completa.
Acho que era garota problema.Queria ser atriz, vivia imaginando situações melhores.
Ninguém se importava muito com o que eu pensava. A ação é espantosamente rápida!Pronto!Os adultos já calavam os santos inocentes.
Passaram por cima de muitos sonhos meus. Não culpo ninguém,mas, fica ainda um pouco da ira, aliás, uma palavra que soa poeticamente quando se está injuriada de tudo.
O filme do Saura, fala da pequena protagonista (uma criança de 8 anos)que acredita que mata á todos com a força do seu pensamento.
Por um bom tempo acreditei nisso. Eu cheirava a morte, a onde quer que ela estivesse.
Como uma das feiticeiras de Macbeth, eu profetizava o futuro de qualquer morimbundo.
Nesta terra, desconheço qualquer herói.Há mais sede por sangue e poder do que generosidade.
O homem tem esse poder, aprisiona-se dos dois lados da moeda. Um dia bom, outro perverso. Essa natureza é digna de qualquer rei.
Aconteceu comigo.
Assistindo Cria Cuervos, de Carlos Saura, revivi toda a minha infância, por completa.
Acho que era garota problema.Queria ser atriz, vivia imaginando situações melhores.
Ninguém se importava muito com o que eu pensava. A ação é espantosamente rápida!Pronto!Os adultos já calavam os santos inocentes.
Passaram por cima de muitos sonhos meus. Não culpo ninguém,mas, fica ainda um pouco da ira, aliás, uma palavra que soa poeticamente quando se está injuriada de tudo.
O filme do Saura, fala da pequena protagonista (uma criança de 8 anos)que acredita que mata á todos com a força do seu pensamento.
Por um bom tempo acreditei nisso. Eu cheirava a morte, a onde quer que ela estivesse.
Como uma das feiticeiras de Macbeth, eu profetizava o futuro de qualquer morimbundo.
Nesta terra, desconheço qualquer herói.Há mais sede por sangue e poder do que generosidade.
O homem tem esse poder, aprisiona-se dos dois lados da moeda. Um dia bom, outro perverso. Essa natureza é digna de qualquer rei.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
pauta para criatividade
´Humanóides. Eu tenho um braço, eu tenho dois. Me locomovo.
Ahan. Ando enjoada de ver tantos humanos andando por aí, livres, de todos os tipos, com suas camisetas instrutivas e seus acessórios convidativos.
Em grande número, com milhares de aperfeiçoamento, cada um vivendo á sua maneira de modo igual.
São os outdoors estampados com seus traços, com seus resquícios, produtos que imitam a sua forma e que vendem bem.
Limitados á forma, condição banal, do errar e do constranger.
Do vivenciar e experimentar. Enriquecer e degolar-se nas alcovas dessa vida estranha.
De trafegar e conhecer o limite, viver a calmaria e depois embrigar-se.
Com tantas qualidades, não precisa falar.
Somos de verdade, da carne que partiu do átomo a própria descoberta.
Se é irreal, é inexistente.
Quebra.
Uma lata vazia de molho
Não dei pra ele,
(ainda)
não dei a cor dos medos,
o enfeitei com meus sonhos.
Ficou tão belo,
de uma harmonia inexata,
algo como o cinema do encontro que precede o desencontro ,
atores que despem a máscara e sorriem de perto.
(ainda)
não dei a cor dos medos,
o enfeitei com meus sonhos.
Ficou tão belo,
de uma harmonia inexata,
algo como o cinema do encontro que precede o desencontro ,
atores que despem a máscara e sorriem de perto.
Vogue.fr
Meninas, a Vogue francesa é bem legal. Dá para ver modelitos muito bizarros e diferentes. Tem um set list de moda que é democrático.
Muitas vezes me decepciono com as escolhas,mas, é bem verdade que gosto daquela revista.
http://www.vogue.fr/
Se divirtam
Muitas vezes me decepciono com as escolhas,mas, é bem verdade que gosto daquela revista.
http://www.vogue.fr/
Se divirtam
retomando...
Ontem a noite coloquei as flores mofadas para o lixeiro levar... Olhei as pétalas ressacadas que ainda ficaram pelo chão, nada aqui me deixa esquecer do incômodo que foi ter aberto as pernas e meu mundo pra você. Nada pode curar o que já foi curado.
Esperas mesmo que eu responda suas palavras na caixa de entrada, esperas mesmo que eu acredite que você se deu conta de que só é feliz ao meu lado?
Você só é feliz quando mata.
E eu não sou feliz nem mesmo quando morta, nem mesmo quando é por você.
Esperas mesmo que eu responda suas palavras na caixa de entrada, esperas mesmo que eu acredite que você se deu conta de que só é feliz ao meu lado?
Você só é feliz quando mata.
E eu não sou feliz nem mesmo quando morta, nem mesmo quando é por você.
Já parou de chover?
Já sabem se caiu outra encosta?
Estou com medo de me encostar demais e cair numa dessas....
Sensibilizem-se e tranfiram para a minha conta um pequeno donativo.
Já dizia Jesus Cristo: Ajudai de boa vontade.
Estou com medo de me encostar demais e cair numa dessas....
Sensibilizem-se e tranfiram para a minha conta um pequeno donativo.
Já dizia Jesus Cristo: Ajudai de boa vontade.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Comédia do cão
Já tenho em mente que não possuo armas o suficiente para devastar o Golfo Pérsico e nem Kabul.
Não tenho petróleo que jorra em areias ou águas quentes.
Tenho leitura.
Um jeans bem velho.
Uma puta vontade de transar com a scarlett e de ir para um lugar que ninguém me encontre.
Só quero saber, se o governo aprova o novo método de governar, se a lei é isso ou se não é.
esses são dias desleais...
O fato é que todas as pessoas são ridículas, o outro é algo muito ridículo, quase insuportável, e quando se pensa o mesmo de si mesmo, é até possível perder-se em noites de sexo ou de longas rodadas de uísque.
O ano começa de novo, e com ele fica a idéia de que é só mais um ano perdurando nossas vontades e bestialidades.
Aí vem o carnaval, pra mais estrago e engano. Pessoas nuas e ridículas pelas ruas, atrás de algum outro ridículo suportável.
Eu só queria não ter que pensar em tudo isso.
Viver a parte dos acontecimentos do mundo.
(Eu quase consigo).
O ano começa de novo, e com ele fica a idéia de que é só mais um ano perdurando nossas vontades e bestialidades.
Aí vem o carnaval, pra mais estrago e engano. Pessoas nuas e ridículas pelas ruas, atrás de algum outro ridículo suportável.
Eu só queria não ter que pensar em tudo isso.
Viver a parte dos acontecimentos do mundo.
(Eu quase consigo).
manda
Queria que fosse prata todas as palavras daquela garota, que fica na margem.
Catando esmola e peixe numa água turva que se escondem as capivaras.
De atravessar a pista e dar de cara com faróis, dos letreiros que indicam vida fácil.
Sentada na guia, revira os montantes, dos urubus e das caras tristes que se aprisionam no buraco quadrado ora preto ora transparente.
Do vapor abissal, levanta a natureza e toda condição humana.
Catando esmola e peixe numa água turva que se escondem as capivaras.
De atravessar a pista e dar de cara com faróis, dos letreiros que indicam vida fácil.
Sentada na guia, revira os montantes, dos urubus e das caras tristes que se aprisionam no buraco quadrado ora preto ora transparente.
Do vapor abissal, levanta a natureza e toda condição humana.
feliz ano velho!
Pois é. Eu até gostaria de sair correndo feliz por aí abraçando á todos e desejando um bom ano,mas, a realidade não me deixa. Ainda bem.
Não sei o que vocês leitores acham dessas datas insuportáveis (!).
Não tem outro significado além de matar porcos, perus e bacalhaus.
De trocar presentes com pessoas chatas, de ficar tudo em família obrigatoriamente e não desfrutar das melhores coisas que você poderia fazer quando se está só e muito bem acompanhado.
Quando lhe impõe algo, isso fica realmente incômodo. Você não vive, vegeta em função dos outros.
Essas datas deveriam ser aniquiladas, não servem para nada, somente para pressionar o trabalhador a gastar seus bens em bobagens em prol de um natal feliz.
Não sei o que vocês leitores acham dessas datas insuportáveis (!).
Não tem outro significado além de matar porcos, perus e bacalhaus.
De trocar presentes com pessoas chatas, de ficar tudo em família obrigatoriamente e não desfrutar das melhores coisas que você poderia fazer quando se está só e muito bem acompanhado.
Quando lhe impõe algo, isso fica realmente incômodo. Você não vive, vegeta em função dos outros.
Essas datas deveriam ser aniquiladas, não servem para nada, somente para pressionar o trabalhador a gastar seus bens em bobagens em prol de um natal feliz.
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