quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
pérolas by Burroughs
E agora voltemos novamente ao campo de batalha. Um jovem penetra em seu confrade, enquanto outro jovem amputa a parte mais orgulhosa do estremecido desse caralho, sendo beneficiário que o membro visitante se proteja para encher o vácuo que a natureza abomina, e ejacula na Lagoa Negra onde piranhas, impacientes, abocanham a criança não nascida; aliás — em vista de certos fatos bem estabelecidos –, é pouco provável que nasça.
Gente doente me enjoa. Quando algum cidadão começa a falar sobre seu câncer na próstata ou seu septo podre, soltando aquela desgraça purulenta, eu digo: ‘Você pensa que estou interessado em ouvir sua horrível condição? Pois não estou nada interessado.
E agora cavalheiros — acredito que não haja nenhum travesti presente, he, he — , os senhores são todos cavalheiros por lei do Congresso, assim sendo falta só estabelecê-los como machos humanos, e positivamente neste salão decente não seria permitido nenhum ser transicional em qualquer direção que seja…
Um guarda de uniforme de pele humana, jaqueta de pele preta com botões de dentes amarelos e cariados, uma camisa elástica de cobre indiano polido, calças de adolescente nórdico bronzeado, sandálias de jovem camponês malaio com as plantas dos pés calejadas, um cachecol pardo-cinza enrolado e enfiado dentro da camisa. (Pardo-cinza é uma cor parecida com o cinzento sob a pele parda. Às vezes, é encontrada em mestiços de brancos e negros, quando a mistura não funcionou e as cores se separam como azeite na água…)
Leio o jornal… Alguma coisa sobre um triplo assassinato na Rue de la Merd, Paris: “Um ajuste de contas”… Passo para outra folha… “A polícia identificou o autor… Pepe El Culzito… O Cuzinho, um diminutivo afetuoso.
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